quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Era Mesozóico

Período Triássico


O período Triássico compreendido entre 251 a 199 milhões de anos atrás, pertence à Era Mesozóica (Éon Fanerozóico), e é conhecida por ser a Era que marcou o início do que hoje se conhece por ‘’Era dos Dinossauros’’.

Durante este período do Mesozóico, houve uma recuperação da fauna que havia sido destruída pela enorme extinção em massa do Permiano. Assim, foram surgindo recifes de coral, novos peixes e moluscos, tartarugas, sapos, pequenos mamíferos e como já foi dito, os primeiros dinossauros…

O período Triássico sucede ao período Permiano da era Paleozóica, conhecido pelo aparecimento dos primeiros répteis gigantes e da extinção das trilobitas, e precede o período Jurássico, sendo este último da mesma era.

Este período encontra-se ainda dividido em três épocas: triássico Inferior, triássico médio e triássico superior, sendo que a época mais antiga é a época do triássico inferior.

Por fim, o nome Triássico deve-se ao facto de se terem encontrado três tipos de rochas na Alemanha que datam dessa época.






 Paleogeográfia

Durante o período triássico, os actuais continentes encontravam-se todos unidos como uma única porção de terra, formando um super continente, a Pangeia. Com a formação da Pangeia, também se inicia, logo no inicio da era mesozóica, uma expansão de um oceano, o Mar de Tétis. Este Mar de Tétis vai evoluíndo e hoje em dia é o Mar Mediterrâneo. Só mais tarde, já no período jurássico, é que o tal super continente (Pangeia) se divide em dois continentes mais pequenos, a Laurásia e a Gondwana. Esta separação acontece porque as placas tectónicas da Laurásia e da Gondwana são divergentes. Nessa altura só existia um oceano, que rodeava completamente a Pangeia, que era conhecido como Pantalassa.


Em relação à constituição do material rochoso do período triássico, este foi originado devido à evaporação das lagoas provenientes do período permiano, que vão ficar apenas, nessas áreas, com sedimentos arenosos, que foram depositados por processos fluviais. Como se sabe, nos ambientes de sedimentação fluvial, o principal agente de transporte do material para os oceanos e lagos são os cursos de água. E, com este tipo de transporte, os sedimentos são maioritariamente arenosos, mas também podem ser argilosos, podendo ser constituídos por blocos e calhaus, dependendo do tipo de depósito.



Na imagem em baixo, o continente sibéria juntou-se à Pangeia, e prepara-se para a formação da Laurásia no hemisfério norte; já o oceano Tétis continuou a sua expansão.

Fig. 3 - Planeta terra há 237 Ma



Clima

Neste período, o clima era muito mais quente e seco do que é hoje em dia, fazendo com que a temperatura média do planeta fosse quase o dobro da actual. Isso favorecia o aparecimento de formações de arenitos e evaporitos.

Basicamente, podemos tomar como exemplo, aquilo que acontece na Austrália para termos uma ideia geral de como era o clima no Triássico. Porque na verdade, também a Austrália é um grande continente cercado de água por todos os lados, em que o clima é mais ameno no litoral e mais quente no interior.

No triássico, a região dos pólos não tinha praticamente gelo nenhum ou não tinha gelo mesmo, porque até hoje não há evidências de glaciação.




Biológia (fauna e flora)

Como já foi dito anteriormente, durante o Triássico, a fauna teve que se recuperar da extinção do período Permiano. Muitos cientistas acreditam hoje, que foi o excesso de dióxido de carbono (CO2) e os baixos níveis de oxigénio, o principal factor para ter ocorrido esta extinção em massa, durante o período Permiano. Aliás, o próprio excesso de dióxido de carbono, aliado a grandes quantidades de metano, contribuindo este último para aumentar consideravelmente o efeito de estufa, explicam as grandes temperaturas que existiam nessa altura.

Apesar disso, eram os répteis que dominavam o mundo. E por isso, não é de estranhar que todos os fósseis terrestres do Triássico sejam de répteis.

Nesta época havia duas formas de vida significantes: os mamíferos e os dinossauros (répteis). Estes últimos eram bastante diferentes dos que iam surgir no Jurássico e no Cretáceo, pois eram mais baixos, e a maioria deles eram quadrúpedes.



 
 Vemos no entanto, que conforme o Triássico vai avançando, os dinossauros vão dominando a Pangeia e, possivelmente, foram contribuindo para a extinção de muitas outras espécies de répteis.

Relativamente à flora existente, as únicas formas de vegetação eram plantas sem flor, como coníferas, fetos, cicadáceas. As plantas com flor ainda não tinham surgido. Já nos oceanos foram aparecendo vários tipos de corais, formando pequenos recifes.

Na imagem em baixo, podemos ter uma ideia muito geral, de como a Terra foi evoluindo… temos o aparecimento das primeiras plantas, o surgimento dos primeiros mamíferos. Podemos também ver as percentagens de tempo que cada Era ocupa desde a formação na Terra até agora. E ver a percentagem ínfima que o ser humano ocupa desde que a Terra existe. É impressionante como uma espécie (Ser Humano) que tem um periodo de existência tão pequeno quando comparado com outras espécies, como por exemplo os dinossauros, consegue ter um impacto tão negativo na vida do Planeta Azul.






 Actualmente (curiosidade)

A Paleorrota

Existe um caminho situado no centro do estado do Rio Grande do Sul no Brasil, chamado Paleorrota, cujo percurso contém diversos fósseis do triássico, que datam de 230 milhões de anos atrás. A região possui vários sítios paleontológicos, que pertence às camadas geológicas da formação Santa Maria e da formação Caturrita.
 



Referências bibliográficas:











Imagens:

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Método Estratigráfico Físico: Diagrafias

Diagrafias:

O estudo das rochas estratificadas é feita através da aplicação de diferentes metodologias complementares umas das outras, denominadas de métodos estratigráficos sendo de grande importância para os estudos da evolução da terra. Estes métodos têm como principal objetivo o conhecimento do material rochoso de uma região, através de correlações estabelecidas entre as unidades estratigráficas.
Podemos dividir os métodos estratigráficos em:
- Físicos
  • Depósitos de Varvas
  • Contagem da esterias de crescimento correspondente a um ciclo diário
  • Dendrocronologia
  • Liquenometria
  • Tefrocronologia
  • Traços de fissão
  • Radiocronologia
  • Meagnetismo da rochas ( Diamagnetismo, Fenomagnetismo, Paramagnetismo)
  • Diagrafia
  • Estratigrafia sísmica
  • Termoluminescência
-Químicos
  • Fluor nos ossos
  • Raceminação de aminoácidos
    As diagrafias são um dos métodos físicos de estratigrafia mais utilizados. São executadas durante as sondagens abrangendo algumas propriedades físicas (condutividade ou resistividade ao passar por uma corrente elétrica, radioatividade, velocidade de propagação das ondas sonoras, etc.) e, portanto, estudadas na prospeção mecânica.
    Através de ensaios, as diagrafias permitem quantificar de forma contínua as propriedades naturais dos materiais atravessados durante uma sondagem (gamma ray, potencial espontâneo, resistividade, sonic log, temperatura, densidade).
    1. Gamma ray ou Radioatividade Natural: Consiste na medição da radioatividade natural das rochas relacionando-a com a presença de isótopos radioativos que emitem de forma espontânea os raios gama (potássio, tório e urânio) nos vários níveis da rocha. Através dos valores registados, permite ter uma ideia do material presente. Esta técnica é particularmente útil na deteção de anomalias nos níveis de radiatividade das rochas.
    2. Potencial espontâneo (Sp): Mede as diferenças de potencial das rochas em relação ao potencial medido à superfície É medido em milivolt (mV) e pode indicar os valores de permeabilidade e porosidade das rochas.
    3. Resistividade: Mede a resistência que as rochas oferecem à passagem da corrente eléctrica. Está relacionada com a porosidade e com a presença de fluidos. Permite ter conhecimento dos valores de porosidade das rochas – uma rocha com elevada resistência eléctrica, é uma rocha pouco porosa. As rochas com uma maior resistividade são as mais compactas (granitos, gnaisses, quartzitos) com valores entre os 1.000 a 10.000 ohm-m, enquanto que as que apresentam uma resistividade inferior são as menos compactas (argilas) com valores que variam entre os 0,5 a 200 ohm-m.
    4. Sonic log: Calcula a porosidade quando a litologia é conhecida atrás do registo do tempo de percurso de uma onda sonora desde a fonte emissora e um recetor descido no poço, e calibra dados sísmicos regionais. A sua velocidade de propagação das ondas sonoras nos materiais não depende apenas da litologia, mas também do seu grau de compactação, textura e estruturas.
    5. Temperatura: Calcula a temperatura através de um termómetro em filamento metálico cuja resistência varia consoante as alterações de temperatura. Esta diagrafia permite-nos assim a identificação das zonas que apresentem anomalias ou fraturas causadas pelos fluidos presentes nas rochas.
    6. Neutrónica: Calcula o índice de hidrogénio ( e portanto água) e a porosidade. Esta diagrafia é realizada através de um bombardeamento contínuo do sistema rocha-fluido com eletrões, medindo-se depois o seu fluxo que varia devido á atenuação.
    Figura 1 - Exemplo de Diagrafias (Sonic Log) e as suas Litologias

    Trabalho escolhido para a 2ª questão colocada pelo Sr. Professor Paulo Legoinha:
    UTILIZAÇÃO DE DIAGRAFIAS GRANULOMÉTRICAS NO ESTABELECIMENTO DA LITO E PEDOESTRATIGRAFIA DE RAMPA ARENOSA COSTEIRA – O CASO PRAIA MOLE (ILHA DE SANTA CATARINA)”, elaborado pelo Iustre Sr. Julio Cesar Paisani da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, retirado de: http://www.uel.br/revistas/geografia/v13n2/9.pdf

    Figura 2 – Balneário Praia Mole

    Principais Objetivos do Trabalho:
    • Utilização de diagrafias granulométricas no estabelecimento da lito e pedoestratigrafia de rampa arenosa, situada no Balneário Praia Mole – Ilha de Santa Catarina.
    • Estableçer a sequência estratigráfica da área de estudo.
    • Analisar a detalhadamente a ganulometria da fração grossa e fina do registo estratigráfico obtido.


      Metodologia utilizada:
      No trabalho em questão foi utilizado o método de diagrafias granulométricas com o auxílio prévio de descrições sedimentares da zona. Através do estabelecimento de diagrafias granulométricas para frações finas e grossas em 14 secções colunares, que foram organizadas ao longo de dois perfis topográficos W-E e S-N (Figura 2), foi possível definir a geometria das camadas e unidade pedoestratigráficas por meio de correlações lito e pedoestratigráficas.


      Principais dificuldades encontradas:
      A presença de uma rampa arenosa dificultou bastante o trabalho devido a dois fatores essenciais:
      • A sua superfície topográfica preservada, faz com que o seu registo estratigráfico só possa ser obtido na sua maioria das vezes através de sondagens.
      • A sua constituição de areia fina com ausência de estrutura sedimentar não facilitou o estabelecimento da estratigrafia deste tipo de unidade geomorfológica.


      Resultados obtidos:
      • Diagrafias granulométricas de fração grossa permitiram a Identificação de 19 camadas (unidades litoestratigráficas).
      • Definição de vários teores de argila assim como a identificação dos limites verticais de horizontes de três paleossolos (unidades pedoestratigráficas) através das diagrafias granulométricas de fração fina.
      • Observação de de variações nas percentagens de argila, que correspondem normalmente a transições pedológicas e não a limites entre camadas.
      • A correlação entre as diagrafias granulométricas permitiu observar a geometria de camadas e paleossolos através de uma represetação gráfica.
      • Establecimento de secções de correlação estratigráfica através da correlação estratigráfica entre diagrafias granulométricas.
      • O empilhamento das camadas e paleossolos possibilitou definir a sequência estratigráfica do Balneário Praia Mole.
      • O uso do metodo das diagrafias granulométricas revelou-se fundamental para o establecimento da lito e pedoestratigrafia da rampa arenosa.
      Referências bibliográficas:
      • Selley, Richard C., Applied Sedimentology. London: Academic Press
      • Vera Torres, J. A.(1994) – Metodos de estudio de las rocas estratificadas. In Vera Torres, J. A; Estratigrafia – Principios y Metodos; Madrid, Editorial Ruenda, 115- 124.
      • EstratoBlog - Métodos Estratigráficos: Diagrafias. Rita Gomes (2010) (Consultado no dia 21 de Dezembro 2011). Retirado de: http://estratoblog.blogspot.com/2010/12/metodos-estratigraficos-diagrafias.html
      • Isabel Ribeiro, Elsa Ramalho, Luis Torres & João País (2003) "Sondagem de Belverde (cenozóico, Penísula de Setúbal, Portugal)" Nº 20 pág 219-230. (Consultado no dia 22 de Dezembro 2011). Retirado de: http://run.unl.pt/bitstream/10362/4740/1/CT_15_23.pdf
      • Julio Cesar Paisani ( Jul/Dez 2004) " UTILIZAÇÃO DE DIAGRAFIAS GRANULOMÉTRICAS NO ESTABLECIMENTO DA LITO E PEDOESTRATIGRAFIA DE RAMPA ARENOSA COSTEIRA - O CASO PRAIA MOLE (ILHA SANTA CATARINA)" Volume 13 pág 138-151. ( Consutado no dia 22 de Dezembro de 2011). Retirado de: http://www.uel.br/revistas/geografia/v13n2/9.pdf
      Imagens:

      sábado, 17 de dezembro de 2011

      Estratótipo Português da Murtinheira - Cabo Mondego

      Um estratótipo é uma sucessão de camadas rochosas sedimentares com limites bem definidos, usados como referência, na caracterização de outras unidades estratigráficas equivalentes (como por exemplo: limites estratigráficos, andares, etc...).

      Os estratótipos podem ainda ser classificados em simples (apresentam um único corte ou secção estratigráfica) ou compostos (conjunto de varias secções estratigráficas e define as unidades estratigráficas de classificação inferior à unidade definida no estratótipo).
      Existem cinco tipos de estratótipo estabelecidos pelo Guia Estratigráfico Internacional (GEI, 1980), são eles:
      • Holostratótipo  
      • Parastratótipo
      • Lectostratótipo
      • Neostratótipo
      • Hipostratótipo

      Por fim os holostratótipos e os parastratótipos são sempre tipos primários quando se define uma idade, enquanto que oa lectostratótipos e os neostratótipos apesar de também serem do tipo primário só são atribuídos posteriormente, quando queremos corrigir uma definição original que não está correcta ou que não já seja considerada válida. Por último os hipostratótipos são os únicos que se enquadram nos tipos secundários.

      A partir do momento em que um estratótipo é apresentado e posteriormento aprovado pela ICS (International Commission on Stratigraphy) este passa a fazer parte do GSSP (Global Boundary Stratotype Section and Point).

      Existem actualmente dois GSSP's em Portugal:

      • Peniche - Ponta do Trovão
      • Murtinheira – Cabo Mondego

      Figura 1 - Cabo do Mondego, Figueira da Foz, Portugal


      O cabo do Mondego está localizado na costa Atlântica Portuguesa, a cerca de 40 km oeste de Coimbra e 7 km a norte da Figueira da Foz.

      Em Janeiro de 1996 foi-lhe atribuído pela IUGS (international Union of Geologic Science) o estratótipo (Global Boundary Stratotype Section and Point) do limite Aaleniano-Bajociano.

      Figura 2 - Quadro de Divisões Estratigráficas de João Pais & R. Rocha 2010

      Este estratótipo engloba alguns dos testemunhos mais importantes ocorridos durante o período jurássico para um intervalo de tempo que se situa aproximadamente entre os 185 e os 140 Ma.

      É possível observar estes testemunhos ao longo do maior afloramento do período jurássico na Europa (que se estende pelas falésias do Cabo Mondego), com camadas monoclinais que mergulham a 30º S e sem que hajam grande variações das fáceis ou complicações estruturais. O afloramento é constituído por uma série de sedimentos marinhos e fluvio-lacustres que se estendem desde o Toarciano superior até ao andar Calviano médio com uma espessura que excede os 400m.


      A secção Aaleniano-Bajaciano tem os seus limites compreendidos entre a base da Bed AB11 até 77.8m acima desta, sendo constituída no seu todo por uma alternância rítmica de calcários e margas do Cabo Mondego.

      Este Afloramento constituído de materiais do jurássico como já referido, sem perturbações de natureza vulcânica, tectónica e metamórfica constitui boas condições para a presença de conteúdos fossilíferos com fragmentos de carvão, marcas de bioturbações, pirite disseminada e nódulos raros de celestite.

      Neste conteúdo fossilífero do cabo Mondego é possível identificar-mos macrofósseis (lamilibrânquios, gastrópodes, bivalves, braquiópodes, plantas, peixes, crinóides, corais, ostreídeos, belemnóides e amonides), microfósseis (foraminíferos e nano-plâncton calcário), icnofósseis.

      Um dos processos geológicos mais observados no Cabo do Mondego são as regressões marinhas onde se verifica uma diminuição do nível eustático, deixando a descoberto estratos que ainda apresentam uma estratificação entrecruzada. Este facto ajuda-nos a compreender melhor onde ocorreu a deposição dos sedimentos de maiores e menores granulometrias.

       Figura 3 - Regressão Cretácica do Cabo Mondego

      Referências bibliográficas:

      Imagens:

      domingo, 11 de dezembro de 2011

      Nicolaus Steno


      Figura 1 - Nicolaus Steno
                                                                                                                                           


      Nicolaus Steno nasceu em copenhaga na Dinamarca, e viveu entre 11 de Janeiro de 1638 e 25 de Novembro de 1686.

      Sabemos que ele foi um pioneiro dinamarquês tanto na área da anatomia como na área de geologia. Aliás, ele é considerado o Pai da geologia e da estratigrafia. Para além de se ter notificado em todas estas áreas, ainda conseguiu já no século XX, ser santificado pelo Papa João Paulo II, mais propriamente em 1987.


      Nicolaus Steno, foi uma das pessoas que identificou os fósseis como sendo organismos vivos. Esta afirmação, que já tinha sido descoberta anteriormente, deveu-se aos estudos de anatomia até aí feitos por ele. Na verdade, Nicolaus Steno dedicava-se a uma parte específica da anatomia, que era ao estudo do sistema muscular e da natureza da contracção muscular. E, foi quando lhe foi dado uma cabeça de tubarão para ele a analisar que ele chegou à conclusão que os fosseis são realmente organismos vivos. Nicolaus Steno dissecou a cabeça do tubarão e foi com um exame aos dentes que viu que estes eram muito parecidos a certos objectos encontrados em algumas rochas. E, ao contrário de outros que diziam que estes objectos teriam caído do céu ou da lua, Steno afirmou que estes objectos se pareciam com dentes de tubarão, porque, na verdade, eram dentes de tubarão, provenientes das bocas de tubarões que teriam existido, que tinham sido enterrados em areia, que era agora terra seca. Viu também que existiam diferenças na composição desses objectos e dos dentes dos tubarões actuais, mas Steno argumentou que os fósseis podem ter a sua composição química alterada sem que a sua forma mude.

      Esta descoberta levou-o a questionar-se sobre a forma de como um objecto sólido se poderia encontrar dentro de outro objecto sólido, como por exemplo um mineral ou um fóssil dentro de uma rocha… levando-o a esta conclusão:

      Segundo Steno “If a solid body is enclosed on all sides by another solid body, of the two bodies that one first became hard which, in the mutual contact, expresses on its own surface the properties of the other surface.

      Noutras palavras pode dizer-se que um sólido fará com que qualquer outro sólido, que se forme mais tarde, esteja de acordo com a sua própria forma.
      Nicolaus Steno foi o homem que definiu os três princípios básicos da estratigrafia: princípio da sobreposição, princípio da horizontalidade original e princípio da continuidade lateral.


      Figura 2 – Princípios da Sobreposição e da horizontalidade original

      Primeiro definiu um estrato como uma unidade de tempo, sendo este limitado por superfícies horizontais com continuidade lateral. Aparecendo assim o princípio da sobreposição, que diz que as rochas sedimentares são depositadas de forma horizontal, ficando por cima as unidades de rochas mais recentes e por baixo as unidades mais antigas, o que permite, desta maneira, ordenar cronologicamente as diferentes unidades. Steno criou ainda outros dois princípios, tais como, o princípio da horizontalidade original, que diz que os estratos se depositam originalmente na forma horizontal e, por fim o princípio da continuidade lateral, que diz que as camadas de sedimentos são contínuas e estendem-se até a margem de bacia de acumulação.



      Referências bibliográficas:

      · Nicholas Steno (1638-1686), desconhecido, (Consult. 10 Dez 2011.),Retirado de:
      http://www.ucmp.berkeley.edu/history/steno.html


      · Wikipédia, a enciclopédia livre, nicolas steno, desconhecido, (Consult. 10 Dez 2011.), Retirado de:
      http://en.wikipedia.org/wiki/Nicolas_Steno

             · Princípios da estratigrafia, biologia e geologia (ano 2), desconhecido, (Consult. 10 Dez 2011.), Retirado de:
              http://biogeo2.wordpress.com/2008/04/15/principios-da-estratigrafia/


      quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

      Apresentação do Blog

      Caros Leitores;
      Este blog foi criado pelo Francisco Cabral e Pedro Silva, ambos alunos do curso Licenciatura em Engenharia Geológica, na FCT - UNL
      Realizado no âmbito da disciplina de Estratigrafia e Paleontologia, lecionada pelo Sr. Professor Paulo Legoinha, o nosso objetivo principal é contribuir para o conhecimento da história geológica da terra.
      Pedimos desde já desculpa por quaisquer erros que possam eventualmente existir.

      Francisco C e Pedro S.